Observa...
Estejas atento.
A sabedoria é para ti e não para o outro.
Para que ti conheças! A montanha se move, mas nunca sai do lugar.
Os grãos de areia se formam, se agregam em grupos, o vento os espalha.
De onde tirastes que o caminho é para fora? Todo caminho é incurso e não excurso.
Se caminha com a mente! Os pés apenas obedecem o que a mente dita.
Os grãos na montanha agregam e se desagregam, mas não deixam de ser grãos de areia.
Os nossos pensamentos se agregam e desagregam, mas não deixam de ser pensamentos.
Observa...
Há um homem, sim, há um Homem e ele segura uma espécie de tesoura, uma considerável tesoura nas mãos. Ele se dirige à uma árvore (...) e eu vi o primeiro corte e senti. Continuei olhando e vi o segundo corte e senti e fui vendo os cortes posteriores (...) já não era a mesma árvore...
Mas a vida passou a circular melhor depois que houve a poda.
Se podas a árvore e não te deixas podar, verás a vida crescer na árvore, verás a seiva circular na árvore, mas em ti, não.
Se é preciso podar a árvore, porque não podar a ti? Logo tu, árvore também.
Observa...
De onde vens? Para onde vais? qual o teu caminho?
Dai saberás o que és. onde estás e por onde caminhas.
Acerta teus ponteiros frágeis e se entregue as horas eternas.
Outro dia eu vi um relógio de cabeça para baixo e suas horas eram decrescentes.
Contar os dias, doí.
Aprender para saber e para ser (...) ser algo que se sabe sem saber que se é, para no fim descobrir que ainda serás.
Há um mistério na vida que já foi revelado, por isso que ainda mora escondido.
Observa...
Não há dor que dure para sempre e nem lágrima. que não se canse.
Eu vi, detrás daquele raio de sol, no fim da Montanha, um sorriso.
