Aprisiona-se os limites do corpo (...) dos passos.
O pensamento é livre!
Toca com os sentidos sem precisar de mãos.
Chega antes dos pés.
Mora sem estar.
Não precisa de lucidez: dormindo, fala.
O gosto não é apenas do paladar, é também das percepções.
Saboreia-se memórias.
Doce.
instintivamente no instante.
O pensamento é fixação que virou vento.
Tomba sem cair.
A vida tornou-se urgente (...) nada mais é feito fracionariamente.
Procrastinar é crime.
O sábio degusta a fruta (...) não tem pressa de acabar.
Toda pressão para a frente, recebe, indubitavelmente, uma pressão para trás.
Aquiete-se enquanto podes sorrir.
Tudo que dura para sempre um dia acaba.
Não faça promessas (...)
Sejas tão somente a próxima palavra.
O próximo suspiro...
Há uma poda maléfica: aquela que é feita sem consentimento.
Ao tocar alguém tenha a decência de saber que, há uma história ali e não um mero corpo.
Passe a limpo as suas palavras com as águas silenciosas da prudência.
...e depois, cala-te.
Aquele sorriso de canto de boca, pode não ser deboche.
Quem sabe, um vento trouxe o cheiro de manga espada?
Sim! Manga espada corta gosto azedo.
E a noite, antes de dormir, desenhe as estrelas com o pincel colorido de seus olhos.
Deite...
Durma.
Sonhe.
A existência é breve e nasce a cada manhã.
Quando acordar faça uma oração de olhos fechados (...)
Cuidado com as sandálias, talvez elas tenha virado asas.
Então, assim (...) voe.